Previsão das ondas

17 de agosto de 2015

A abertura de um canal na Foz do Rio Doce deve acontecer nos próximos dias:

Depois de quase 2 meses do fechamento da foz do Rio Doce, do lado sul de Regência, técnicos do IEMA, do IBAMA, juntamente com representantes da ANA- Agência Nacional das águas, do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Doce, secretário de meio ambiente da Prefeitura de Linhares, Prefeito de Colatina, moradores e pescadores das Comunidades de Regência e Povoação, se reuniram em Regência no último dia 30/07/15 e decidiram aguardar uma avaliação técnica,  que contará com o conhecimento e a experiência dos pescadores, sobre a dragagem da Foz do Rio Doce, que deve acontecer no próximo dia 21 de agosto. A dragagem deve seguir as normativas ambientais, e abrir um canal com 5 metros de largura por 1 metro e meio de profundidade, e tem o objetivo de reabrir a boca do rio, para ajudar a melhorar a oferta de peixes, que está sendo prejudicada; o pescador não sai para o mar para pescar, e os peixes tem dificuldade de entrar na foz do rio para procriar. Segundo os técnicos, essa seria a solução mais rápida para resolver o problema dos pescadores, entretanto, deve ser bem avaliada antes de se tomar qualquer decisão.
A bacia hidrográfica do Rio Doce ocupa uma área de 83.069 km2, sendo 86% em Minas Gerais e 14% no Espírito Santo. Residem na região mais de três milhões de pessoas, em 230 municípios. Em 25/01/2002, por meio de decreto presidencial, foi criado o Comitê da Bacia do Rio Doce. Hoje é composto por 60 membros, sendo 33% do Poder Público, 40% de usuários e 27% da sociedade civil.
A situação do Rio Doce é cada vez mais preocupante, não só a do Rio Doce mais de todos os rios do Espirito Santo. Estamos no período de seca, quando a quantidade de chuva que cai não é suficiente para abastecer os rios e os reservatórios. Meteorologistas explicam que o fenômeno El Niño, que estamos atravessando agora, é caracterizado por um período de uma grande estiagem, isso significa, segundo os especialistas, que teremos pouca chuva, até que passe esse fenômeno. Uma variável que também é considerada pelos especialistas, é o grande aumento no número da população global, o que gera um maior consumo de água, não só pelas casas e comércios locais, mais também pelas fábricas e grandes indústrias, que tem a necessidade de aumentar sua produção, para atender a demanda populacional. Isso nos mostra um aumento desequilibrado na demanda, com uma diminuição preocupante da oferta, que não consegue se renovar.
Mesmo que toda essa desordem climática se reorganize, e que a chuva caia normalmente, a amarga realidade, é que no momento atual, estamos levando nossas reservas hídricas ao limite, maltratando em enfraquecendo a força das correntes dos rio, com barragens, desvios, esgoto, lixo, poluição industrial, dragagens, desmatamento, etc. Quando nos deparamos com a morte do Rio Doce, é pra que vejamos como esse rio tem tentado ser forte diante das violências que tem sofrido ao longo dos anos. Agora, não depende só do Rio Doce, ele precisa da ajuda de todos nós, Mineiros e Capixabas, para que possamos reverter essa situação em benefícios de todos nós e das gerações futuras.
Como utilizamos a água limpa que o Rio Doce oferece:
Para girar as turbinas das grandes hidrelétricas, e suas barragens, que utilizam a água do rio dificultando o seu fluxo natural; as mineradoras também somam ao grupo dos que sugam a força do Rio; os desvios para os municípios que abastecem mais de 3 milhões de pessoas; as fábricas e indústrias, porto, estaleiro e a agropecuária, com uso operacional.
O que devolvemos para o Rio Doce:
A mineração, as indústrias e a agropecuária, devolvem a água com produtos químicos poluentes que causam danos irreversíveis ao Rio; os municípios, ou seja, nós devolvemos a água para o Rio, como um grande valão de esgoto “tratado” ou não; alguns municípios devolvem areia, pois, estão dragando o excesso dela, que se acumula no leito do Rio; e pra finalizar os portos e estaleiros, com dragagens de toneladas de areia e construção de seus piers.
O Rio Doce durante anos tem sido palco de inúmeras ações na justiça em defesa de suas águas, requerimentos por licenças ambientais; taxas de cobranças  sobre uso da água e seus afluentes para uso da indústria e agropecuária e entidades sem fins lucrativos que lutam pela preservação do Rio, todos com a promessa de reverter os milhões ganhos, em benefício do Rio Doce, para evitar o que hoje estamos presenciando: o Rio Doce morrendo. Há muitos anos a morte do Rio Doce tem servido de argumento, de multas e indenizações, que prometiam salvar o rio da destruição.
Sem água os animais serão os primeiros a morrer, depois as árvores e as plantas, milhões de pessoas ficarão sem energia elétrica, as escolas, os hospitais, os supermercados, os carros, nada disso vai funcionar, os lavradores não conseguirão irrigar as lavouras e alimentar os animais para nosso sustento, sem água as fábricas, as indústrias, os superportos, não vão funcionar. É muito difícil pensar em ficar sem água, porque precisamos da água para tudo, o uso da água deve ser racional, para que não seja racionado.
Qual o carinho que fazemos no Rio? O que fazemos de bem para manter a nossa água? O clima, não podemos controlar, mais as nossas atitudes ainda podemos mudar.

 

 

Veja as fotos em animação abaixo, e entenda um pouco melhor:

 

 

Aline Goulart/Site Regência Surf

 
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